quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

*Simpósios Temáticos **
E-mail a ser enviados os trabalhos que se enquadram ao respectivo

(1)
*PODER; ESTADO
(Rafael Athaides UFMS-CPCX, Coordenador) **

ereh2009.1@hotmail.com

Ao longo do século XX, os historiadores ampliaram a observação da dimensão política, extirpando definitivamente o modelo da escola metódica do século XIX, no qual, o Estado se constituía no locus único do poder. Inserindo perspectivas advindas, da teoria foucaultiana, o conceito de poder extravasou limites ganhando até complementos tentaculares: poder microfísico, poder disciplinar, poder simbólico etc.Entretanto, essa mudança benéfica levou uma parcela dos estudiosos à rejeição de tudo o que se relacionava a antiga concepção de política. Não afastou, contudo, alguns historiadores apegados aos objetos e temáticas tradicionais da chamada História Política. Para estes, estava claro que um método falho não extingue os seus objetos; a crítica que se fez à escola dita “positivista” e suas “histórias dos grandes heróis e Estados” foi, fundamentalmente uma crítica à seus pressupostos teórico-metodológicos. Tornou-se então imperativo, que os novos métodos da História fossem aplicados aos antigos objetos da História Política, ao invés de excluí-los. Assim, o Estado – lugar de gerência de “todas as coisas” por excelência – ganhou novas abordagens, que incorporaram toda experiência Histórica do século XX (práxis e teoria).

(2) * Da cultura de protesto a contracultura: As mais distintas formas de resistência a repressão na América Latina
(Tiago de Jesus Vieira - Graduado em História UFMS - CPTL / Professor da Rede Municipal de Ensino de Três Lagoas - Coordenador)**
ereh2009.2@hotmail.com

Este simpósio temático tem como objetivo agregar trabalhos intradisciplinares ou interdisciplinares, que tem se voltado para os estudo das manifestações culturais ou contraculturais, que buscam por meio de suas praticas (e/ou) representações, opor-se de maneira nítida ou subjetiva, as diversidades encontradas na América Latina, a partir da segunda metade do século XX.


(3) *QUESTÃO AGRÁRIA; CIDADES

(Maria Celma Borges, UFMS-CPTL, Coordenadora)**

ereh2009.3@hotmail.com

(4) *RELIGIÃO E RELIGIOSIDADES
(Lourival dos Santos, UFMS-CPTL, Coordenador)**
ereh2009.4@hotmail.com

Os estudos históricos acerca de fenômenos religiosos começaram como estudos das instituições religiosas e suas ações para preservação das tradições e estratégias de proselitismo de suas mensagens. Normalmente, foram os próprios adeptos das religiões e suas dissensões que iniciaram estudos sobre as doutrinas de seus respectivos grupos. No Brasil, o foco foi a Igreja Católica e sua autocompreensão, entre os principais autores dessa corrente figuram Riolando Azzi e Oscar Beozzo. Os estudos pioneiros de Maria Isaura de Queiroz, Ralph Della Cava, Cândido Procópio Ferreira de Camargo, entre outros, passaram a apontar outro caminho: o entendimento da expressão religiosa como fenômeno cultural e social e suas articulações com outras atividades humanas. Esse novo caminho de pesquisa mostra-se frutífero na medida em que o foco são as práticas religiosas – a religiosidade – e não mais as doutrinas religiosas. Os jovens graduandos em História, interessados na área, deverão propor investigações voltadas para essa linha.

(5) *Gênero e Sexualidade: (pre)conceitos, diversidade e poder(es)
(Marlene Durigan, UFMS-CPTL, Coordenadora)**
ereh2009.5@hotmail.com

O simpósio congrega trabalhos cujo objeto de estudo seja gênero e/ou sexualidades, vistos da perspectiva social e cultural, independente da área do conhecimento. Considera-se que o processo de construção de códigos e práticas sociais passa pela construção da subjetividade expressa nos corpos, determinando, entre outras questões, posições de dominação X submissão, de um lado, e resistências ou rupturas de outro. Como destaca Bourdieu (1995, p.104), “o mundo social exerce uma espécie de golpe de força sobre os sujeitos e imprime em seus corpos não apenas um modo de estar, mas todo um programa de percepção”. Quanto ao termo “gênero”, é concebido como uma forma discursiva, simbólica, que se relaciona ao conjunto de relações econômicas, sociais e culturais, incorporando, portanto, a dimensão das relações de poder. Assim, trata-se de uma proposta de reflexão e discussão sobre práticas sociais ou discursivas, históricas, antropológicas, atravessadas por relações de identificação, de enfrentamento, de esquiva ou deriva, de resistência ou de naturalização.

(6) * A visão do “outro”: aceitação e rejeição
(Norma Marinovic Doro, UFMS-CPTL, Coordenadora) **

ereh2009.6@hotmail.com

Esta temática pretende contribuir para uma reflexão sobre a formação da sociedade latino-americana e, consequentemente brasileira do ponto de vista demográfico, político, econômico e cultural. O pensamento da sociedade redirecionado à formação de uma sociedade, está na maioria das vezes calcado nas imagens imigrantistas ocorridas na América Latina, em particular. Os motivos da imigração em massa dentre tantos, o que se destaca é o trabalho. Por essa razão é que esse simpósio temático tem como abordagem a “imigração” e o “trabalho”, vistos como sinônimos e também de rejeição para com o “estranho”, o estrangeiro. O simpósio sobre imigração na América Latina, poderá abordar as seguintes temáticas: A imigração no Brasil – séculos XIX e XX; Principais grupos de imigrantes; as diversas formas de trabalho realizadas pelos imigrantes; aspectos culturais dos vários grupos de imigrantes; a reciprocidade imigrantistas entre os paises Latino-americanos; trabalhador nacional em detrimento do imigrante: conflitos e amizades. Dessa forma, o objetivo central do simpósio é a discussão por meio de trabalhos acadêmicos acerca dos diversos fatores e peculiaridades que rodeiam a imigração e o trabalho.

(7) *FRONTEIRAS TERRITORIAIS; INDÍGENA
(Dennis Rodrigo Damascenos Fernandes, UFMS-CPTL, Coordenador)**
ereh2009.7@hotmail.com
AGUARDE RESUMO

(8) * Educação e Formação docente: a teoria em favor da prática
(Kelly Cristina, UFMS-CPTL, Coordenadora)**
ereh2009.8@hotmail.com

As discussões sobre formação de professores têm se tornado constantes na última década. Isso se deve às novas demandas impostas pela ordem social e econômica. A sociedade contemporânea vem exigindo cada vez mais profissionais competitivos e multifuncionais para as mais diversas áreas do conhecimento. Infelizmente, o educador não foge à regra. Percebemos que muitos cursos de formação de professores parecem estar voltados a formar profissionais que sejam capazes de se adequarem às mais diferentes funções, deixando muitas vezes, até de exercer seu papel enquanto professor na sala de aula. Uma das faces desta problemática está na entrada das novas tecnologias no meio educacional, as quais são utilizadas não como ferramenta eficaz da/na prática docente, mas, em alguns casos, como “quase” substitutas do profissional da educação em sala de aula, haja vista, a crescente demanda de cursos à distâncias que estão sendo oferecidos. Diante deste emaranhado, faz-se necessário (re)pensarmos a formação do profissional da educação, e intrincado à esta problemática discutirmos a seguinte questão: Como formar professores para uma prática educativa crítica? Pensar a formação docente não envolve somente questões teórico-metodológicas de ensino-aprendizagem, mas esta deve estar calcada e fundamentada teoricamente. Se faz necessário tecermos teias inextricavelmente voltada a uma formação reflexiva, e conscientemente crítica das relações de interdependência que envolvem a educação. Perante este pressuposto, este eixo temático se abre para pesquisas concluídas ou em andamento que tragam em seu bojo reflexões e apontamentos que possam enriquecer o debate acadêmico e possíveis intervenções no meio educacional.

(9) *HISTÓRIA; HISTORIOGRAFIA E LITERATURA
(Marcos Fernandes, UFMS-CPTL, Coordenador) **
ereh2009.9@hotmail.com

A discussão a respeito das fronteiras entre História e Literatura costuma ser apresentada nos atuais debates acadêmicos, e isso faz com que surjam muitas interpretações e até mesmo divergências conceituais. Ela surge no centro destes debates para justificar ou contrapor certas constatações a respeito da crise dos paradigmas que foram e estão sendo utilizados na análise da realidade, bem como também do fim da crença nas verdades absolutas como legitimadoras de uma ordem social, econômica, política e cultural.

A Literatura, quando considerada como algo que está além de um fenômeno estético e de uma manifestação cultural, cria a possibilidade de registro dos movimentos dela emanados; e sendo assim permite ao historiador adotá-la como espaço de pesquisa.

Para March Bloch, fundador da Escola dos Annales e da Nova História, a história é continuamente reescrita, pois cada historiador é filho de seu tempo e cada um tem o tempo como facilitador da sua compreensão da história.

Neste simpósio poderão ser apresentados trabalhos de alunos da graduação, da pós graduação e de pesquisadores.Os trabalhos apresentados deverão contemplar:

1. as relações entre História e Literatura; e/ou

2. a Literatura como possibilidade de campo de pesquisa do historiador; e/ou

3. análises e discussões teóricas a respeito da historiografia e de métodos historiográficos.



(10) *AMÉRICA LATINA: REVOLUÇÕES
(Vitor Wagner Neto de Oliveira, UFMS-CPTL, Coordenador)**

ereh2009.10@hotmail.com
Este Simpósio Temático está aberto aos alunos de graduação, de pós-graduação e aos professores pesquisadores que têm em suas investigações a América Latina – incluindo o Brasil – como tema ou espaço de investigação. As temáticas que nortearão os debates neste Seminário abordarão os processos de luta dos povos latino-americanos, em suas diversas interfaces, como: movimentos sociais urbanos e rurais; sociedades indígenas; grande política (Estados e partidos políticos); independência e dependência econômica; fronteiras e deslocamentos. O ponto de convergência dessas temáticas, a ser construído nos debates, é o estudo dos processos, situações e crises revolucionárias no subcontinente.

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